Hatianos no meio do caminho
|Por Débora Carpe, Sertãobras, 28 de julho de 2011|
Desde abril de 2011, o coletivo de jornalismo ativista La Mula denunciou a rota de migração de haitianos para o Brasil, passando pelo Peru, e suas condições desumanas de vida, pois só se alimentavam uma vez por dia e eram maltratados: “Nos tratan como si no fuéramos humanos”, disse um haitiano ao repórter.
Ao viajar de Puerto Maldonado, capital de Madre de Dios, Peru, para Rio Branco, capital do Acre, Brasil, em junho de 2011, a equipe da Sertãobras foi conferir essa situação. Encontramos um grupo de haitianos trabalhando em Iberia, um povoado a 58 km da fronteira do Brasil. Eles contam que ganham 50 soles (R$28) por dia na construção e não querem trabalhar no garimpo, mesmo que lá ganhem mais, porque sua especialização é a construção.
Todos os entrevistados querem ir ao Brasil, mas “as autoridades brasileiras ainda não permitiram”.
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Segundo estimativa da agência de notícias do governo do Acre, cerca de 180 haitianos já conseguiram entrar no Brasil e conseguiram o RG e CPF para circular livremente em todo território nacional.
